Palavras

12 de novembro de 2017

Engraçado como as palavras funcionam, como trabalham, se encaixam;

aprendi a respeitá-las com o passar do tempo, não que tenha passado tanto tempo assim,
síndrome do velho novo, acho;
mas o respeito por elas existe. Não pelas palavras em si, mas pelo que simbolizam em suas raízes;
o significado por trás delas,
suas intenções, 
suas verdades.
Além do respeito, tenho amor por elas;
elas me movem, me mantém focado, me nutrem;
procuro nelas o conforto em um dia cinza, o seu afago, o seu carinho.
Por isso fico surpreso quando elas me faltam, quando fico sem palavras,
sem saber exatamente o que dizer, o que escrever.
Assim como alguém que conheço, às vezes me vejo perdido.
Me sinto isolado. 
Acho que todos habitamos elas, vez ou outra. 
Nossas próprias ilhas desertas
nossos próprios medos transformados na areia que nos isola do mar de pessoas desconhecidas que - apenas - transitam nossas vidas. 
Mas nem todas - apenas - transitam por nossas vidas.
Vez ou outra é interessante se lembrar disso, saber que a ilha é um refúgio provisório, não fixo. 
Um trampolim, não a piscina.
Saber que as palavras uma hora voltam. Com elas? 
As pessoas. 
As que importam, não as que apenas transitam. 
O carinho volta junto. 
Gosto quando me deixam sem palavras, 
me faz respeitar elas ainda mais. 

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